Em “Samba 808″, os sambas, funks e as chapações ensolaradas da tríade “Manifesto da Arte Periférica”, “Cinema Auditivo” e “A Farsa do Samba Nublado”, sempre enfeitados por efeitos eletrônicos e camadas de sintetizadores, encontram as batidas terceiro mundistas do “Terceiro Mundo Festivo” e a diáspora negra cantada em “Atlântico Negro”, quando Wado inverteu a ordem dos fatores e a programação ganhou destaque.
Equilibrando-se entre essas duas variações – eletrônica ao fundo ou a frente – “Samba 808″ encontra, desde o título, a mistura exata. É um disco catalisador de ideias musicais espalhadas pelos outros trabalhos. Aqui, como de costume, as referências são absorvidas, filtradas e devolvidas de maneira sutil, onde as timbragens são mais importantes do que emular batidas.
1 -Si Próprio - feat. Zeca Baleiro
2- Esqueleto - feat. Curumin
3- Surdos de escola de Samba feat. Chico Cesar
4- Com a ponta dos desdos - feat. Marcelo Camelo & Mallu Magalhães
5- Portas são para conter ou deixar passar - feat. Fernando Anitelli
6- Recompensa
7- Não Para
8- Vai ver
9- Jornada - feat. Fábio Góes
10- Beira Mar - feat. André Abujamra & Alvinho Lancelloti
O terceiro e ótimo álbum de Mariana Aydar, que está sendo lançado agora, é afromântrico. Entre a Salvador africana de Letieres Leite e Tiganá, canto pra natureza com Emicida, forró e carimbó de radinho entre Amelinha e Edson Duarte, com a guitarra de Gui Held e a grande beleza de Dominguinhos, encontra um resultado muito próprio, universo pop pessoal e passional.
Guiada pela intuição, as vontades essenciais para seu terceiro disco eram várias, que surgiam e se somavam em realizações: gravar ao vivo, buscar origens e ao mesmo tempo olhar pra frente, aprofundar no lado rítmico afrobrasileiro, trazer pra perto uma certa tradição nordestina sem clichês, montar a melhor banda do mundo. O resultado,Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo, é o que pode ser chama se deu álbum mais pessoal, amplo de ideias e bem realizado em sons.
Os pontos de apoio do disco – abrindo, fechando, no centro, pulsando – são as composições de Mariana, que despertaram sua busca e mostraram sua visão, unindo canções diferentes mas iguais, encontrando o diálogo entre Salvador e África, psicodelia e pop, revelando canções novas mesmo se antigas, um tanto de compositora e um tanto de intérprete, juntas. De Zé Ramalho a Thalma de Freitas, de fado a vanguarda paulistana, de Caetano em inglês às próprias composições misteriosas, seguindo o Cavaleiro e de pé no chão.
No disco Aydar se cerca de ótimos nomes, dentre eles a produção ficou sob a responsabilidade de Letieres Leite, maestro, compositor e arranjador da muito especial Orkestra Rumpilezz, brilhante jazz afrobaiano de atabaques e sopros, ao lado do parceiro de Mariana desde seu primeiro disco, o sensível e incansável baterista e multi-instrumentista Duani.
Esse é pra dançar! No meio de tanta produção alternativa, experimental, cult ou intelectualizada demais às vezes o que falta é uma boa dose de música regional, simplicidade e aquele som característico que só a música brasileira tem. Manejando com total experiência os tradicionalismos nacionais com toques quase imperceptíveis de música eletrônica Alfredo Bello, vulgo DJ Tudo vai atrás justamente desse som rítmico que só flui por essas terras. O resultado se encontra em Nos Quintais do Mundo (2010) em que as raízes brasileiras é que ditam o tom.
O novo trabalho se fecha dentro de registros sonoros que transitam pelo maracatu, carimbó, samba, música indígena além de um sem número de outros sons provenientes das mais diversas regiões do país. O álbum flui em uma linguagem tão orgânica que é possível imaginar a banda na sua frente – nesse caso “Sua Gente de Todo Lugar”, como é denominado o grupo que acompanha o DJ em suas apresentações ao vivo – executando os mais variados instrumentos. Além do mais, “Nos quintais do Mundo" foi produzido no Brasil, Europa e África, e caracteriza um verdadeiro manifesto multiculturalista. Vale a pena conferir.
*Ouça*
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